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Um a cada 5 brasileiros tem identidade roubada na internet

Um a cada 5 brasileiros tem identidade roubada na internet

Dado é de 2019. Número deve crescer com o isolamento social e exige cuidados das pessoas e empresas. 

Trabalho em casa, aulas onlines, comunicação com amigos e familiares por videoconferência ou videochamadas, entretenimento online, compras e pagamentos também online. A pandemia do Covid-19 nos isolou em casa, mas nos deixou ainda mais expostos na internet. A necessidade da quarentena apenas evidenciou um fenômeno que já era crescente no Brasil. Para se ter uma ideia, entre 2017 e 2018, o número de ataques cibernéticos no País praticamente dobrou, aumentando 95,9%, segundo relatório do laboratório brasileiro da Psafe, empresa líder nacional em soluções para segurança digital.

Um estudo feito em 2019 pela própria Psafe aponta que um em cada cinco brasileiros já teve sua identidade na internet roubada. A pesquisa, que obteve respostas de mais de 32 mil usuários de dispositivos eletrônicos como smartphones e tablets, aponta ainda que 51,3% dos entrevistados afirmaram que o número de telefone é o dado mais utilizado de forma fraudulenta, seguido dos perfis nas redes sociais (44,3%), senhas de e-mail (37,1%), CPF (26,8%) e número de cartão de crédito (19,3%).

“Hoje existem métodos sofisticados e algoritmos para quebrar senhas. Os criminosos também utilizam ataques de engenharia social, persuadindo ou abusando da confiança dos usuários. Isso traz sérios riscos para a segurança e a privacidade das informações sejam elas pessoais ou corporativas, por isso é extremamente necessário mudança de hábitos através de programas de capacitação e conscientização sobre estes desafios de um mundo cada vez mais digital”, explica Hugo Nogueira, consultor e diretor da Master House Soluções Inovadoras, empresa que integra o hub do Instituto Gyntec Academy de tecnologia e inovação. Para o especialista em segurança e gestão de serviços, governança e transformação digital, atualmente mais de 90% das senhas geradas pelas pessoas no Brasil para acesso a dados são suscetíveis a ataques.

Apesar de lidarem diariamente com dados pessoais e sigilosos, Hugo avalia que as pessoas e empresas, em sua grande maioria, não têm ainda a devida dimensão dos riscos a que podem se expor ao não adotar boas práticas de proteção e privacidade de dados. “Senhas fracas, por exemplo, expõe as pessoas e as organizações a vazamentos de dados pessoais ou corporativos a hackers, bisbilhoteiros e vários tipos de criminosos virtuais”, esclarece o consultor.

Já nas redes sociais, o especialista orienta que é preciso ter cautela e evitar fornecer dados pessoais como nome, e-mail, endereço e números de documentos para terceiros e nunca fornecer informações sensíveis, como senhas e números de cartão de crédito. “Fornecer esses dados para uma transação comercial ou financeira somente se tivermos certeza da idoneidade com quem esta transação está sendo realizada”, sugere Hugo Nogueira

Cibersegurança

Uma pesquisa apresentada este ano pela empresa global em segurança virtual Kaspersky, aponta que cerca de 40% das empresas brasileiras não têm políticas de cibersegurança estabelecidas ou não informaram seus colaboradores de sua existência. “A falta de investimentos em segurança da informação nas empresas, pode causar danos de reputação, financeiro ou até mesmo de competitividade pelo vazamento de informações estratégicas e essenciais do negócio”, destaca Hugo Nogueira. Segundo o especialista, os principais erros que as empresas cometem em relação a segurança e privacidade das informações é não estabelecer políticas internas de segurança, não treinar e conscientizar os colaboradores sobre o tema.

Capacitação

Afim de capacitar profissionais da área de TI [Tecnologia da Informação] ou mesmo leigos, sobre conhecimentos relacionados à privacidade de dados e gestão da informação, a Master House desenvolveu o curso de Formação Data Protection Officer, ou Encarregado de Proteção de Dados, em bom português. “A ideia é fornecer capacitação para formar multiplicadores de práticas internacionais de segurança da informação e privacidade de dados com intuito de apoiar indivíduos e organizações neste cenário complexo e com grandes desafios que revolução industrial 4.0 e mundo tecnológicos trazem”, afirma o consultor.

Conforme Hugo, num mundo em que pessoas e empresas se vêm obrigadas a gerenciar diariamente e forma segura uma quantidade gigantesca de dados, o Data Protection Officer é uma promissora profissão do futuro. Segundo informações do International Association of Privacy Professionals (IAPP), especializado em estudos de privacidade e informações, cerca de 48 mil profissionais para essa função devem ser contratados em 2021.

Hugo Nogueira

Consultor em Gestão de Serviços, Governança e Transformação Digital | Facilitador | Especialista em Boas Práticas e Negócios Digitais

Mestrando em Consultoria e Gestão Organizações pela Universidad del Museo Social Argentino, com MBA´s em Governança de TI e Gerenciamento de Projetos, e diversas certificações internacionais. Auditor Líder das Normas ISO/IEC 20000 e 27001, Membro da CEE da ABNT para as normas ISO/IEC 27001 e ISO/IEC 3100. Atualmente se dedica a projetos de melhoria de processos, transformação de negócios e pay-back de algumas organizações, entregando treinamentos e consultoria em implementação de Gerenciamento de Serviços, Gestão por Processos, Governança, Segurança da Informação e Conformidade.

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